Os erros mais comuns na entrada e saída de escolas que podem comprometer a segurança
A educação, os bons modos, o respeito e a cidadania são lições que devem ser passadas de pais para filhos. Porém, essa não é a realidade quando se observa a entrada e saída de uma escola. Independente da cidade e do bairro, o festival de infrações é frequente.
A mais comum diz respeito ao estacionamento irregular. Com a desculpa de parar apenas para o embarque e desembarque dos alunos, muitos pais estacionam em qualquer lugar: na frente de garagens, na contramão e até em fila dupla.
Para a especialista em trânsito e consultora do Portal, Eliane Pietsak, os pais deveriam dar o exemplo. “O pai é um espelho para a criança e a segurança e respeito às leis devem ser mais importantes do que a pressa. As escolas deveriam incluir no projeto pedagógico a educação para o trânsito, incluindo pais e comunidade”, ressalta a especialista.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, estacionar em filas duplas ou nas calçadas é uma infração grave, com acréscimo de cinco pontos na CNH, multa de R$ 195,23 e remoção do veículo. Para quem para em guia rebaixada para entrada e saída de veículos, a multa é de R$ 130, 16, pois essa é considerada uma infração média. “Os órgãos de trânsito tentam fazer a sua parte, mas a grande questão é a cultura da população. Não respeitar o direito do outro, nesse caso, além de ser infração de trânsito é um ato grave de falta de cidadania”, explica Pietsak.
Outras infrações
Outra irregularidade flagrada próximo às escolas coloca em risco a segurança da criança. A falta de sistema de retenção apropriado para o transporte de crianças em carros é muito comum. De acordo com a especialista, por mais perto de casa que a escola seja, o uso do bebê-conforto, cadeirinha ou assento de elevação é fundamental. De acordo com o levantamento feito pela ONG Criança Segura, com base em dados do Ministério da Saúde, os acidentes acontecem, na maioria das vezes, no próprio bairro onde as crianças moram, principalmente durante a tarde. “É essencial que os pais conheçam e respeitem as leis de trânsito e normas de direção defensiva. Aliado a isso é necessário que a fiscalização também seja mais rigorosa”, diz.
Já entre os estudantes, uma das situações observadas nesses locais e que colocam as crianças em risco é não usar a faixa de pedestre para atravessar a rua. “Crianças de até dez anos, ainda são muito vulneráveis e frágeis. Não conhecem e não sabem interpretar a sinalização e tem dificuldades de calcular a velocidade e distância dos veículos. Por isso, correm riscos sozinhos como pedestres”, atesta Pietsak.
Segundo dados do Ministério da Saúde quase 2000 crianças morrem a cada ano como vítimas de acidente de trânsito. “Acreditamos muito na Educação de Trânsito tanto para crianças como para adultos, acho que só assim poderemos garantir que no futuro tenhamos um trânsito melhor para todos”, conclui a especialista.
Veja dicas de segurança para os motoristas:
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Nunca pare em fila dupla e evite obstruir o tráfego.
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Respeite a sinalização e as orientações dos agentes de trânsito.
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Só estacione em locais permitidos.
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Transporte as crianças no banco de trás, usando o sistema de retenção apropriado para idade e tamanho.
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Dê prioridade ao pedestre.
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Reduza a velocidade perto de escolas e locais com grande movimentação de pedestres.
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Respeite a travessia dos alunos e não pare sobre a faixa de pedestres.
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Nunca bloqueie o cruzamento.
Fonte: Portal do Trânsito
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