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Viação e Transportes debate padronização de placas de veículos no Mercosul

Viação e Transportes debate padronização de placas de veículos no Mercosul

 

A Comissão de Viação e Transportes promove audiência pública nesta quarta-feira (25) sobre a implantação no Brasil da padronização das placas de veículos dos países do Mercosul, prevista em resoluções do Grupo Mercado Comum e do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

A padronização incluiria não somente a placa de identificação, mas também um sistema de consultas sobre veículos do Mercosul com o objetivo de auxiliar no enfrentamento ao furto e roubo de veículos, tráfico de pessoas e narcotráfico, além de outros crimes.

Autor do requerimento para o debate, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) explica que o Contran já editou cinco resoluções adiando a implantação da medida. O prazo atual para registro de todos os veículos é 31 de dezembro de 2023. “Tal contexto demonstra que o assunto tem sido tratado de forma muito inconstante no País”, lamentou.

Além disso, o deputado teme que a inclusão de todos os veículos atualmente registrados na exigência da nova placa do Mercosul “acarretará custos altíssimos para os atuais proprietários de veículos”. Hugo Leal quer aproveitar a audiência pública para conhecer como está sendo o processo de implantação dessa placa no Uruguai e na Argentina.

Foram convidados para o debate: a presidente da Comissão de Infraestrutura, Transportes, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca do Parlamento do Mercosul, Mirtha Palácios; o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Maurício José Alves Pereira; e representantes da Argentina e do Uruguai, entre outros.

 

Fonte: Portal do Trânsito

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Boa parte dos acidentes ocorre ao anoitecer. Veja dicas de segurança!

Boa parte dos acidentes ocorre ao anoitecer. Veja dicas de segurança!

 

Nos três primeiros meses de 2018, 23% das indenizações do Seguro DPVAT foram para acidentes que ocorreram no período do anoitecer (entre 17h e 19h59). Esse foi o período também com a maior incidência de acidentes envolvendo motocicletas indenizados por morte e invalidez permanente. As informações são do último relatório divulgado pela Seguradora Líder.

Algumas condições adversas são comuns nesses períodos o que aumenta o risco de acidentes de trânsito. “A luz é um fator de segurança, pois é essencial para vermos e sermos vistos, seja iluminação natural ou artificial, porém ela pode se tornar uma condição adversa quando está em falta ou excesso”, explica Eliane Pietsak, pedagoga e especialista em trânsito.

Penumbra

A penumbra ou lusco-fusco é uma situação de pouca luminosidade, que ocorre ao anoitecer e ao amanhecer. “É considerada uma situação perigosa, pois contornos e cores ficam pouco definidos, o que torna mais difícil reconhecer objetos, avaliar corretamente distâncias e, principalmente, ver e ser visto, o que pode ser a causa de muitos desses acidentes”, afirma Pietsak.

Para evitar acidentes, segundo a especialista, algumas dicas devem ser seguidas. “O condutor deve trafegar com a luz baixa ligada, reduzir a velocidade e redobrar a atenção”, diz Pietsak.

De acordo com Pietsak, os motociclistas devem redobrar os cuidados, pois nesse período os faróis de outros veículos podem confundir a visão do piloto. “No cair da tarde podem acontecer ilusões de ótica e, por esse motivo, é prudente que o motociclista confira mais de uma vez antes de cruzar uma via e até de realizar uma ultrapassagem. A viseira deve estar sempre limpa, assim como os espelhos. Esses cuidados podem garantir a melhor visão possível dentro das condições desse período do anoitecer”, orienta.

Noite

Nesse período, a visibilidade depende totalmente da luz emitida pelos faróis dos veículos e da iluminação artificial das vias. Com a visibilidade limitada ao alcance dos faróis, à potência das lâmpadas e à largura do facho, são necessários alguns cuidados para se conduzir com segurança.

Veja algumas dicas:

  • Manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento.

  • Manter os faróis regulados e limpos.

  • Observar que a velocidade segura será inferior àquela praticada durante o dia.

  • Aumentar a distância de segurança.

  • Se possível, evitar trafegar à noite ou de madrugada.

“Em viagens de motocicleta, se houver um veículo à frente, talvez seja melhor não ultrapassá-lo, mas segui-lo a uma distância segura, aproveitando a iluminação adicional proporcionada por ele. Os desvios e oscilações do veículo da frente indicam, com boa antecedência, obstáculos, buracos ou pista irregular”, conclui Pietsak.

 

Fonte: Portal do Trânsito

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Estudo revela dificuldades do transporte de cargas em centros urbanos

Estudo revela dificuldades do transporte de cargas em centros urbanos

 

Análise em sete regiões metropolitanas aponta problemas que aumentam o custo operacional e reduzem a qualidade do serviço.

 

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou hoje (16/4) o estudo “Logística Urbana: Restrições aos Caminhões?”, no qual são analisadas as condições do transporte de carga em sete regiões metropolitanas do país: São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), Recife (PE) e Manaus (AM).

Os resultados mostram que a urbanização acelerada do Brasil, nas últimas décadas, trouxe complexidade e desafios para a logística de abastecimento das cidades onde vive 84% da população brasileira e circulam 96,7 milhões de veículos automotores.

Nesse cenário, transportadores, gestores públicos e empresários lidam com variados graus de dificuldade para melhorar o transporte de cargas em centros urbanos. É preciso compatibilizar as demandas do comércio e do setor de serviços com a variedade e o volume crescente de consumo da população e, ainda, com a necessidade de melhorar a qualidade de vida nas cidades, reduzindo os congestionamentos e a poluição ambiental.

O estudo constatou uma variedade de regras e de restrições à circulação de caminhões em centros urbanos, somada a problemas de infraestrutura, sinalização e fiscalização, entre outras deficiências que têm impacto sobre a atividade transportadora. Isso dificulta o planejamento do transporte de cargas, aumenta os custos operacionais e diminui a qualidade dos serviços de abastecimento das cidades.

Para a Confederação Nacional do Transporte, é preciso aprimorar as políticas públicas de trânsito, investir em infraestrutura, sinalização e fiscalização, ampliar vagas de carga e descarga e aumentar a segurança nas cidades, entre outras providências para que o transporte de mercadorias em centros urbanos seja mais rápido, eficiente e de baixo custo.

Principais barreiras 

Veja quais foram os problemas mais comuns encontrados pelos técnicos da CNT ao estudarem as condições do transporte de cargas nas cidades que compõem as sete regiões metropolitanas analisadas:

• Falta de planejamento. Na maioria dos casos, os municípios implantam restrições ao transporte de carga sem dialogar com os setores envolvidos e sem integrar suas regras de trânsito com as normas de transporte dos demais municípios da região. Além disso, muitos municípios criam legislações para o transporte de cargas, mas não as divulgam ou não colocam as regras em prática.

• Carência de dados e estudos para embasar políticas públicas de transporte de cargas em áreas urbanas. Esse problema está associado a uma ideia simplista de que a mera proibição ao trânsito de caminhões em determinadas zonas e vias resolveria os problemas de congestionamentos, poluição, etc.

• Grande variação de regras de restrição ao transporte de carga dentro de um mesmo município ou em relação aos outros municípios que integram a região metropolitana. As regras mudam de um bairro para o outro, de um município para o outro, dificultando o planejamento do transporte de cargas.

• Proibições de trânsito em dias e horários determinados obrigam os caminhões de carga a circular nas chamadas “janelas horárias”. Esse modelo de restrição dificulta o planejamento das entregas por razões, como congestionamentos e condições de recebimento de cargas. O comércio, em especial os supermercados e shoppings, adota critérios próprios de recebimento de carga que, muitas vezes, não são compatíveis ou entram em conflito com as restrições determinadas pelo poder público.

• Falta de sinalização; sinalização precária ou mesmo em contradição com o normativo sobre o transporte de cargas.

• Fiscalização de trânsito insuficiente para garantir o cumprimento das regras e a fluidez do transporte de cargas.

• Baixa oferta de vagas de carga e descarga e ocupação indevida dessas vagas por outros tipos de veículos.

• Aumento do número de viagens devido à imposição de uso de veículos menores.

• Falta de locais adequados e seguros de parada e descanso para motoristas que aguardam para entrar em cidades em períodos de restrição. Esse é um problema que tem agravado a insegurança sofrida pelos transportadores, sendo o roubo de cargas o tipo de ocorrência mais comum.

• Baixo investimento em obras de infraestrutura, principalmente em anéis viários.

Consequências
Os problemas encontrados pela CNT têm forte impacto nos custos e na qualidade do serviço de transporte de cargas em áreas urbanas conforme descrito a seguir:
• Aumento dos custos operacionais do transporte rodoviário de carga.  Em alguns casos, as barreiras encontradas pelos transportadores têm gerado taxas extras que incidem sobre o preço do frete. Dois exemplos são a Taxa de Dificuldade de Entrega (TDE), negociada a partir de um piso de 20% sobre o valor do frete; e a Taxa de Restrição do Trânsito (TRT), calculada em 15% do frete.
• Baixa previsibilidade da entrega de mercadorias. Além dos congestionamentos e das retenções de trânsito, muitas vezes, o planejamento do transportador é alterado de forma imprevisível devido à falta de clareza e de transparência sobre as restrições ao transporte de carga.
• Aumento da emissão de poluentes e ruídos. Restrições mal planejadas podem acarretar congestionamentos, filas de descarga, aumento do número de viagens, rotas mais longas e inadequadas e outros transtornos que aumentam os ruídos produzidos pelo trânsito e a emissão de gases poluentes na atmosfera.
• Riscos de acidentes. Sinalização deficiente ou mesmo ausência de sinalização, janela de horário noturna e outras restrições são fatores que elevam o risco de acidentes.
Principais soluções apontadas pela CNT
• Aprimorar as políticas públicas e o planejamento. Incluir o transporte de carga no planejamento urbano e nas políticas de trânsito, integrando todos os municípios das regiões metropolitanas; realizar gestão democrática e ampliar o controle social de todos os setores interessados: transportadores, embarcadores, compradores, fabricantes, distribuidores, empresas de Transporte Rodoviário de Carga – TRC, Transportadores Autônomos de Carga – TAC, operadores logísticos, atacadistas, varejistas e consumidores finais.
• Melhorar a sinalização e a fiscalização de trânsito. Divulgar, dar mais clareza e visibilidade às restrições ao transporte de carga, divulgar rotas alternativas e ampliar a fiscalização, especialmente nas áreas de carga e descarga.
• Ampliar a oferta de vagas de carga e descarga e as janelas horárias para entregas e coletas.
• Aumentar a segurança. Ampliar a oferta de locais de parada e descanso associados a centros de distribuição de mercadorias.

• Ampliar o investimento em infraestrutura. Realizar obras de manutenção e de expansão da infraestrutura urbana, especialmente em anéis rodoviários.Clique aqui para fazer download do estudo. 

As informações são da Assessoria de Imprensa da CNT
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Condutas no trânsito que você nem sabia que podem gerar multas

Condutas no trânsito que você nem sabia que podem gerar multas

 

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece em seu capítulo XV quais são as infrações de trânsito, as conhecidas condutas que geram multas.  Muitas delas são bem conhecidas como excesso de velocidade, embriaguez ao volante, dirigir com a CNH suspensa dentre outras, mas também há várias situações que os motoristas acabam cometendo infrações sem perceber.

Neste artigo separamos algumas dessas condutas que são infrações de trânsito, passíveis de multa.

Condutas no Trânsito que Podem Gerar Multas

  1. Molhar pedestres na rua

Aquela chuva caindo, você dirigindo, e aquela super poça de água pedindo: “Passa por cima e espalha água para todo lado!”.

Conforme o CTB, usar o veículo para arremessar água, especialmente sobre os pedestres é considerado infração de gravidade média. Se flagrada a infração, o motorista poderá sofrer uma multa de R$ 130,16.

  1. Transitar com o som alto

Está feliz da vida, entrou no carro e colocou o som bem alto com a sua música preferida? Fique atento, segundo o Art. 228 do CTB, caso o volume ou frequência do som não esteja de acordo com as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o motorista comete uma infração grave, sob pena de multa. E isso vale para qualquer hora do dia.

  1. Trafegar em velocidade muito baixa

Que há um limite máximo de velocidade todos sabem. Entretanto, uma norma menos conhecida é a velocidade mínima. Conforme o Art. 62 do CTB, ela não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima permitida, de acordo com cada via e as condições da pista. Ou seja, em uma via em que o limite é de 60 km/h, a velocidade mínima permitida é de 30 km/h, exceto na faixa da direita ou em condições adversas.

  1. Dirigir com apenas uma das mãos

Deu aquela fome ou vontade de fumar enquanto dirige? Segundo o CTB, também se considera infração média a condução do veículo com apenas uma das mãos. Caso esteja dirigindo com apenas uma das mãos para manusear o celular, a infração cometida passa a ser considerada gravíssima, o que aumenta o valor da multa para R$ 293,47.

  • Utilizar fones de ouvido

O som do carro deu problema, ou você ainda não tem dinheiro para comprar um aparelho. Solução rápida: fones de ouvido ligados ao celular. NADA DISSO!  O CTB determina que, ao ser flagrado utilizando o aparelho, o motorista está cometendo uma infração média, com pena de multa. Assim, fique atento a esse detalhe, pois muitos ainda pensam que utilizar o fone de ouvido para atender o celular ou mesmo escutar música não compromete a segurança nem acarreta qualquer problema.

  1. Transitar em marcha à ré

Se você acha que retornar meio quarteirão em marcha à ré é normal, cuidado, pois essa marcha deve ser usada exclusivamente em distâncias necessárias para pequenas manobras, como fazer uma baliza para estacionar.

Também pode ser utilizada para não causar riscos à segurança, como se distanciar de algum possível acidente ou imperfeição na pista. Fora dessas situações, quem trafega em marcha à ré está cometendo uma infração grave.

  • Transportar objetos no colo

Gosta de levar o cachorrinho dar uma voltinha de carro no seu colo? CUIDADO! Conforme o Art. 252 do CTB, é considerada infração média dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou objetos à esquerda ou entre braços e pernas. Ahh… e não importa o tamanho do objeto.  

  1. Jogar lixo pela janela do veículo

Além de ser uma tremenda falta de educação e respeito ao meio ambiente, jogar objetos na via enquanto está dirigindo é considerada uma infração média pelo CTB, com pena de multa.

Mas se sentiu injustiçado por não cometer a infração e, mesmo assim, levou a multa? Você pode recorrer, é um direito seu!

DICAS:

  • Guarde as notificações de multas que chegarem no seu endereço. Elas serão importantes no momento de sua defesa.
  • Você deve observar o prazo estabelecido na notificação para recorrer.
  • Quando você vender seu veículo, você deve fazer a comunicação de venda imediatamente no DETRAN. Lembre-se também de tirar uma cópia do recibo de venda, isso poderá ser útil caso o comprador cometa alguma infração.
  • Respeite a sinalização de trânsito e os limites de velocidade, melhor perder um minuto da vida do que a vida em um minuto!

As informações são da Assessoria de Imprensa

 

Fonte: Portal do Trânsito

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ITTS apresenta, na ONU, balanço de dois anos da obrigatoriedade do exame toxicológico

ITTS apresenta, na ONU, balanço de dois anos da obrigatoriedade do exame toxicológico

 

Evento em Nova Iorque contará com a presença de autoridades temáticas, especialistas e do Ex-Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

 

A obrigatoriedade do exame toxicológico de larga janela de detecção para motoristas profissionais das categorias C, D e E acaba de completar dois anos (Março de 2018). Primeira política pública de prevenção contra o uso de drogas por motoristas desde que o Código de Trânsito Brasileiro entrou em vigor, a aplicação do exame toxicológico está relacionada, entre outras conquistas, à evasão de mais de 1 milhão de motoristas profissionais potenciais usuários de substâncias psicoativas das nossas estradas e rodovias no curto espaço de 2 anos.

O congresso, intitulado “The Use of Technology to Promote Road Safety: The Brazilian Experience”, ocorrerá no próximo dia 27 de abril, na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, e contará com a participação de Mauro Vieira, Embaixador do Brasil na ONU; Márcio Liberbaum, Presidente do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro; do Ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que já presidiu a Comissão Global de Políticas sobre Drogas da ONU; do Deputado Federal Hugo Leal, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro; do Diretor Geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias; do Diretor do DENATRAN, Maurício Alves; do Procurador do Ministério Público do Trabalho, Paulo Douglas; do Desembargador Nelson Calandra, Presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros no período de 2011/2013; do jurista Marcus Vinícius Furtado Coelho, Presidente da OAB no período de 2013/2016; do especialista em trânsito Rodolfo Rizzotto, Coordenador do SOS Estradas;  e por entidades representativas das vítimas de trânsito.

A proposta do evento é expor um painel de resultados objetivos, relacionados à queda do número de acidentes, mortos e feridos no trânsito brasileiro auferidos ao longo dos primeiros 24 meses de vigência da lei.

Na ocasião, especialistas e autoridades públicas irão exportar o orgulho nacional e revelar ao mundo como o Brasil conseguiu, com o exame toxicológico de larga janela de detecção, implantar uma política pública de segurança e saúde, que previne o consumo e a distribuição de drogas, reduz acidentes e mortes no trânsito e que já contribuiu com a queda de 38% no número de acidentes com caminhões nas rodovias federais do país apenas nos primeiros seis meses da obrigatoriedade, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal.

Presidente do ITTS, Márcio Liberbaum, acrescenta: “Não vamos descansar enquanto não transformarmos nossas rodovias em lugares seguros para nós e nossas famílias. Não há nenhuma motivação mais relevante que essa e queremos reafirmar o nosso compromisso nessa luta”.

O Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, ressalta a importância do encontro para a visibilidade da nova legislação:

“Precisamos continuar avançando nesse processo de modernização, o Estado e a sociedade ao mesmo tempo. O que vemos é a implantação de uma política baseada nos avanços tecnológicos que asseguram a saúde e a segurança à população”, afirma.

Sobre o exame toxicológico

A obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas com CNH nas categorias C, D e E é exigida pela Lei Federal 13.103/15 e está devidamente regulamentada pelo CONTRAN e Ministério do Trabalho. A obrigação vale, desde 02 de março de 2016, para a emissão e a renovação da CNH, na pré-admissão e no desligamento de motoristas profissionais. Esta é a primeira medida para combater o uso de drogas por condutores desde que o Código de Trânsito Brasileiro entrou em vigor, em janeiro de 1998.

O Brasil ocupa a terceira colocação entre os países com mais mortes no trânsito. Além disso, apesar dos veículos pesados representarem apenas 4% da frota nacional, estão envolvidos em mais de 38% dos acidentes nas rodovias federais e 53% dos acidentes com vítimas fatais. O exame de larga janela de detecção é uma tecnologia laboratorial que representa o que há de mais avançado para detectar o uso regular de substâncias psicoativas. É uma poderosa arma na prevenção, no combate ao consumo de drogas e na efetiva redução da violência viária envolvendo motoristas profissionais.

O exame toxicológico de larga janela permite identificar o uso de drogas ao longo de, no mínimo, 90 dias antes da coleta do material (cabelo, pelos ou unha), podendo chegar a 180 dias, diferente dos exames de curta janela, realizados a partir do sangue, urina ou saliva, que detectam o uso de drogas apenas nas últimas 48 ou 72 horas. A larga janela inibe o consumo de substâncias psicoativas por esses profissionais que, hoje, as utilizam para resistir à pesada jornada de trabalho a que são submetidos. Para atender uma demanda de mais de 3 milhões de motoristas em todo Brasil, os laboratórios credenciados pelo DENATRAN estruturaram suas redes de coleta com mais de 12 mil pontos espalhados por todo o território nacional.

O exame preventivo antidrogas para motoristas de veículos pesados já é aplicado nos Estados Unidos desde 1988 e, 25 anos depois de sua adoção, o índice de uso de drogas nas estradas caiu 70% (Fontes: QUEST e NHTSA), acompanhado da queda vertiginosa do número de acidentes nas estradas. No final de seu mandato, o Presidente Barack Obama aprovou o uso de exame toxicológico de larga janela por empresas transportadoras na pré-admissão e no procedimento randômico de motoristas profissionais.

Cabe ressaltar também que 93% da população brasileira aprova o exame toxicológico obrigatório para motoristas de veículos pesados. (Fonte: Pesquisa IBOPE / 2015).

No Brasil, o exame do cabelo é adotado há mais de 15 anos pelo Exército, Marinha, Aeronáutica e pelas Polícias Federal, Militar, Civil e Rodoviária Federal, além do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal de vários Estados, com resultados comprovados.

Sobre o ITTS

O Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS) é uma organização civil sem fins lucrativos, que congrega empresas, instituições e profissionais das mais diferentes áreas de conhecimento, com o objetivo de criar consciência coletiva sobre a necessidade do desenvolvimento de medidas multidisciplinares que contribuam para a prevenção de acidentes de trânsito.

Por meio de um Conselho Consultivo, formado por especialistas e autoridades capazes de legitimar e promover a luta por um trânsito mais seguro, o ITTS pretende incentivar o debate público e a conscientização coletiva sobre este importante tema, de forma que as autoridades do sistema de trânsito brasileiro possam estabelecer políticas públicas eficazes e permanentemente atualizadas, promovendo um trânsito seguro. (http://transitolivre.org.br).

As informações são da Assessoria de Imprensa

 

Fonte: Portal do Trânsito

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Cidades têm R$ 271 milhões disponíveis para campanhas e fiscalização de trânsito

Cidades têm R$ 271 milhões disponíveis para campanhas e fiscalização de trânsito

 

Valores são resultado da cobrança de multas por infrações cometidas em local diferente daquele da habilitação.

 

Há mais de R$ 271 milhões em recursos referentes a multas de trânsito disponíveis a municípios e órgãos estaduais de trânsito, informa o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O departamento está auxiliando os municípios a acessarem a quantia.

Segundo o órgão, o valor é resultado da cobrança de multas por infrações cometidas em local diferente daquele da habilitação do condutor ou em estado diferente daquele onde foi feito o licenciamento. A quantia deve ser utilizada exclusivamente em campanhas de educação, sinalização, engenharia de tráfego, policiamento e fiscalização.

Fonte: Ministério das Cidades

Site: Portal do Trânsito

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Fiscalizações

Fiscalizações

 

Autuações da Lei Seca caem para menor nível desde 2013 mesmo com o aumento das fiscalizações.

 

No momento em que entra em vigor uma lei que endurece a pena para motoristas alcoolizados que provocam acidentes com mortes ou lesão grave, balanço do programa Direção Segura, coordenado pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) para a fiscalização da Lei Seca, mostra que a autuação de condutores embriagados no Estado de São Paulo caiu para o menor nível desde 2013, quando foi criado, se comparado com o total de veículos fiscalizados.

De acordo com balanço de 2017, os agentes do programa registraram uma autuação a cada 15 veículos fiscalizados. Em 2016, essa proporção era de um para 9,4 fiscalizações. Já em 2013, era uma autuação a cada 10,3 fiscalizações. O número de veículos fiscalizados no ano também foi recorde, 78.009, assim como o número de operações, 280 em todo o Estado. Ao todo, foram 5.179 autuações no ano passado (veja tabela abaixo).

 

“Quando o Detran.SP aumenta o número de fiscalizações e as autuações caem, é sinal de que os motoristas estão se conscientizando sobre os riscos de beber e dirigir. Sinaliza também que nossas campanhas educativas estão surtindo efeito e merecem serem cada vez mais intensificadas”, avalia o diretor-presidente do Detran.SP, Maxwell Vieira.

Nesta sexta, 20, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), passa a valer a lei nº 13.546, que aumenta a punição para o motorista alcoolizado que provocar acidente com morte. A pena, que hoje varia de 2 a 4 anos de prisão, será de 5 a 8 anos sem a possibilidade de pagar fiança. No caso de lesões corporais graves ou gravíssimas, a punição aumenta de 6 meses a 2 anos de detenção para de 2 a 5 anos.

CAPITAL

Os dados registrados no Estado também refletem o balanço da capital paulista. Em 2017, foi feita uma atuação para cada 9,6 veículos fiscalizados. O número de veículos fiscalizados também foi recorde histórico, 18.514. As operações somaram 45 no ano (veja tabela abaixo).

CRIME DE TRÂNSITO

Também comete crime de trânsito, independentemente de causar lesão ou morte, o condutor que é flagrado com índice superior a 0,33 miligrama de álcool por litro de ar expelido no teste do etilômetro ou tem a embriaguez comprovada em exame clínico. Nesse caso, a penalidade é de detenção de seis meses a três anos, além de multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por um ano.

A proporção de veículos fiscalizados em relação às autuações que geraram crime de trânsito também foi positiva no Estado de São Paulo. Em 2017, foi registrado um crime a cada 129 fiscalizações. No ano anterior, a proporção foi de 86,6. Já em 2013, a relação era de 52,4 (veja abaixo).

O mesmo se repetiu na Capital. No ano passado, foi registrado um crime de trânsito para cada 250 veículos fiscalizados. No ano anterior, essa proporção foi de um a cada 208. Já em 2013, quando o Programa Direção Segura foi criado, a relação era de uma autuação a cada 65,6 fiscalizações (veja abaixo).

 

 

RECUSA AO TESTE

O motorista que se recusa a fazer o teste do etilômetro também é penalizado com multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. O argumento de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si não se aplica nessa situação porque o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no artigo 165-A, prevê essas penalidades pelo simples fato da recusa.

Em caso de reincidência nos 12 meses seguintes, o valor da multa dobra (R$ 5.869,40) e a CNH é cassada por dois anos.

Se o condutor recusa a soprar o bafômetro e aparenta sinais de embriaguez, o que pode caracterizar crime, ele é encaminhado ao médico-perito da blitz para o exame clínico no local.

DIREÇÃO SEGURA

Criadas para prevenir e reduzir acidentes e mortes no trânsito causados pelo consumo de álcool combinado com direção, as operações do Programa Direção Segura integram equipes do Detran.SP e das Polícias Civil, Militar e Técnico-Científica.

Dessa forma, as providências decorrentes de cada abordagem são tomadas no local e no momento da ação, sem a necessidade de deslocamentos para delegacias ou ao Instituto Médico Legal (IML).

Vale ressaltar que a Lei Seca é fiscalizada também em ações de rotina da Polícia Militar, no perímetro urbano, pela Polícia Rodoviária Estadual, em nome do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), nas estradas estaduais, e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), nas rodovias da União.

 

Fonte: Detran-SP

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Você sabia que cada equipamento de fiscalização eletrônica evita cerca de três óbitos e 34 acidentes por ano?

Você sabia que cada equipamento de fiscalização eletrônica evita cerca de três óbitos e 34 acidentes por ano?

 

Multifuncionais, os dispositivos têm diversas aplicações que ajudam a salvar vidas diariamente.

 

Assessoria de Imprensa Perkons

Por Giovana Chiquim

Exceder o limite de velocidade, trafegar em faixa exclusiva, parar sobre a faixa de pedestres, furar o sinal, realizar conversão proibida. São mais do que infrações; são atitudes que colocam em risco a vida de outras pessoas. Assim, a fiscalização eletrônica torna-se um importante instrumento de segurança e cidadania, na medida em que auxilia os órgãos competentes no cumprimento das leis e contribui no objetivo de tornar vias públicas lugares mais humanos e democráticos.

A Organização Mundial de Saúde recomenda no mundo todo o uso de medidores eletrônicos de velocidade – os famosos radares – como alternativa para a prevenção de acidentes de trânsito e redução da gravidade, no caso da ocorrência do evento. Os motivos ficam evidentes quando estudos como o realizado pelo IBMEC-RJ apontam que, a cada equipamento de fiscalização eletrônica instalado, são evitados cerca de três óbitos e 34 acidentes por ano.  “As tecnologias de trânsito auxiliam órgãos e gestores públicos a pensarem e gerirem mobilidade urbana, além de ajudarem a conscientizar motoristas em relação ao cumprimento das regras e leis de trânsito”, diz Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons.

Mudança cultural, no sentido de termos 100% da população consciente de que estacionar “cinco minutinhos” em vaga preferencial é errado, requer tempo e, infelizmente, não podemos esperar de braços cruzados por ela. É aí que entra a tecnologia de trânsito. “Apenas 5% dos motoristas são enquadrados como infratores contumazes. A imensa maioria respeita a sinalização, as leis e os demais usuários da via”, explica Campos. Lamentavelmente, a minoria que não respeita causa um número cada vez maior de sinistros e óbitos no trânsito.

Mas então porque os radares são mal vistos por parte da população? A resposta pode estar no desconhecimento de como atua e o que faz cada um desses aparelhos.

Informação também salva vidas

Além dos muitos nomes – pardal, caetano, etc – você também já deve ter ouvido, ao menos uma vez, uma notícia falsa sobre fiscalização eletrônica. À noite a câmera não funciona, se passar na contramão a imagem não é registrada, lombadas eletrônicas enxergam dentro do veículo e multam quem não estiver usando cinto de segurança, e por aí vai. Essas são algumas das muitas histórias que circulam entre a população, especialmente, por aplicativos de mensagem.

De veracidade nesses exemplos, apenas o fato de que existem diferentes tipos de radares espalhados por ruas e rodovias. Fixos, estáticos, portáteis, discretos, ostensivos, que funcionam através de laços indutivos colocados no asfalto ou por ondas Doppler, que monitoram uma ou várias infrações. “A tecnologia avançou muito e a abrangência de funções tem garantido mais segurança por custos mais baixos”, afirma o diretor da Perkons. Mas, mesmo assim, a lombada eletrônica – invenção brasileira reconhecida no mundo todo – continua sendo apenas um equipamento fixo (não sai do lugar), ostensivo (facilmente visto), cuja função é orientar os condutores a trafegarem na velocidade estipulada para aquela via; ela não é um robô com visão infravermelha superpoderosa. “É imprescindível avaliar a fonte das informações e não repassar notícias falsas, que são um desserviço à sociedade”, pontua.

Vocabulário do trânsito

O primeiro passo para respeitar as leis de trânsito é conhecê-las. “Uma excelente ferramenta nesse auxílio é o CTB Digital, que disponibiliza de forma gratuita, todo o conteúdo do Código de Trânsito Brasileiro comentado por especialistas. Nele é possível realizar pesquisas e, inclusive, tirar dúvidas”, conta Luiz Gustavo. Mas, além de conhecer e entender a lei, também é possível saber quais são e o que fazem cada um dos equipamentos de fiscalização eletrônica pelos quais você passa diariamente.

Radar fixo: geralmente instalado em postes, são do tipo intrusivo (que funcionam com laços indutivos instalados no asfalto). A lombada eletrônica e os pardais são os exemplos mais famosos.

Radar estático: funcionam por ondas Doppler e podem ser instalados em tripés e dentro de automóveis parados em locais determinados pelos órgãos competentes.

Radar portátil: operado manualmente pelo agente de trânsito, é um equipamento não-intrusivo.

Radar ostensivo: instalado de maneira que pode ser visualizado à longa distância pelos condutores e permite que eles reduzam a velocidade do veículo.

Radar discreto: instalado ao lado ou acima da via para fiscalização de velocidade.

Radar misto: instalado ao lado ou acima da via para fiscalização de velocidade e de infrações como avanço de semáforo, parada sobre a faixa de pedestres, dentre outras.

Radar intrusivo: utiliza laços indutivos no asfalto para fazer a medição da velocidade.

Radar não-intrusivo: não utiliza laços no asfalto. Um exemplo são os equipamentos que funcionam por ondas Doppler.

Lombada eletrônica: calcula a velocidade dos veículos com precisão e induz a redução da velocidade em pontos críticos das vias, perto de escolas e em ruas com grande movimento de pedestres, por exemplo.

Lombada educativa: induz o tráfego a uma velocidade segura em determinados pontos da via. O objetivo é informar o condutor acerca da velocidade praticada por ele e sensibilizá-lo para respeitar os limites da via, sem emissão de infrações.

 

No Brasil, o desenvolvimento e a implantação de equipamentos de fiscalização eletrônica teve início há 25 anos com a invenção da lombada eletrônica pela Perkons.

 

Fonte: Perkons S.A

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Motoristas vão precisar de certificação para conduzir carros autônomos

Motoristas vão precisar de certificação para conduzir carros autônomos

 

De acordo com pesquisa realizada no Reino Unido, os veículos devem ter intervenção humana em certas circunstâncias.

 

 

Um estudo realizado no Reino Unido indicou que os condutores de carros autônomos vão precisar de uma certificação para se adequar aos novos veículos. Segundo a pesquisa, a carteira de motorista continuará sendo indispensável no futuro, já que os carros vão exigir intervenção humana em certas circunstâncias.

O estudo faz parte de um projeto promovido pelo escritório de advocacia britânico Burges Salmon e pela companhia de seguros AXA, com apoio da agência do governo Innovate UK.

Os testes sugeriram que os motoristas levam cerca de três segundos para reassumir o controle após trecho sob direção autônoma. Em uma velocidade de 32 km/h, por exemplo, isto significa que o veículo percorreria 27 metros sem ninguém no controle. Com o veículo a 100 km/h, essa lacuna seria de quase 90 metros.

“Definir os limites do motorista e as responsabilidades do sistema autônomo exigirá uma compreensão detalhada de como os usuários interagem com a tecnologia”, disse o advogado de transporte da Burges Salmon, Chris Jackson.

 

Fonte: Jornal do Carro

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Carrofobia: como vencer medos ao dirigir

Carrofobia: como vencer medos ao dirigir

 

Encarar ladeiras, fazer baliza, dirigir sob chuva ou em rodovias são um tormento para muita gente. Veja dicas para superar esses medos.

 

O medo de situações corriqueiras ao volante pode se transformar em motivo para que algumas pessoas deixem de guiar. Há quem fique inseguro com a possibilidade de encarar ladeiras, estradas, chuva ou mesmo estacionar. Muitos temem outros motoristas, algo que vem aumentando com o maior número de carros nas ruas e com a falta de educação ao volante.

“Medo e fobia são diferentes”, diz a psicóloga Cecilia Bellina, dona da autoescola que leva seu nome e atende pessoas habilitadas que têm medo de dirigir. “O medo é uma emoção boa, pois é protetora”, diz. “Quando o excesso de cuidado atrapalha a vida, é porque se tornou uma fobia, e precisa ser tratada.” A fobia a carros é chamada de amaxofobia.

Cecilia afirma que são três os principais medos relacionados à ação de dirigir. Em primeiro lugar, está o de errar. O segundo fator que mais assombra os motoristas, segundo ela, são as subidas. Em terceiro aparecem as manobras ao volante.

Proprietário do centro de pilotagem que leva seu nome, Roberto Manzini acrescenta que a maioria das pessoas tem medo do equipamento (carro). “Elas não sabem dominá-lo, e precisam aprender”, afirma.

Motivos

A razão mais comum para a amaxofobia, segundo Cecilia, é o estresse traumático. No geral, isso ocorre com quem já sofreu um acidente. É o caso da técnica de enfermagem Vanessa Carvalho, que deixou de guiar em estradas depois de uma colisão. Ela ficou com medo de velocidade. “Se eu passo dos 60 km/h, começo a tremer, e já tive de parar o carro. Por isso, não consigo atingir velocidades seguras para andar em rodovias.”

Por causa da fobia, Vanessa teve de mudar de emprego. “Só guio dentro da minha cidade, Bragança Paulista, e eu trabalhava em Atibaia (ambas no interior)”, conta. “Eu tinha de pegar quatro ônibus e perdia quatro horas do dia.” Ela já fez terapia para tentar vencer esse medo. “Não adiantou”, conta.

Já a dona de casa Maria Aparecida Silva conseguiu vencer sua fobia de volante. Após sofrer um acidente, ela passou e ter pavor de dirigir. “Eu tinha medo dos outros motoristas, e ainda hoje tenho um pouco, mas não deixo mais isso me afetar.”

Maria conta que, após o acidente, quando ia guiar, seu corpo todo doía. “Eu contraía demais o maxilar.” Ela procurou ajuda psicológica convencional e, 15 anos após o acidente, começou a fazer aulas de direção para pessoas habilitadas.

Nada adiantou, e então ela partiu para o treinamento que inclui ajuda psicológica junto com enfrentamento do medo (leia mais na próxima página). Após um ano e meio de tratamento, ela voltou a guiar. Hoje, dirige em qualquer situação.

O jornalista Alexandre Cossenza considera seu medo saudável. Ele foi assaltado três vezes ao volante. Em uma das ocorrências, foi vítima de sequestro relâmpago. Em outra, acabou batendo o carro na tentativa de fugir da abordagem.

Depois disso, o morador de Petrópolis (RJ) passou a ter medo de guiar em alguns locais do Rio de Janeiro, onde os assaltos ocorreram. “Mas não deixo de fazer nada por causa disso. Apenas fico sempre bastante atento aos espelhos (retrovisores) e evito rodar em algumas ruas, principalmente à noite, quando isso é possível.”

Quando o medo não tem causa

De acordo com a psicóloga Cecilia Bellina, autora do livro “Dirigir sem medo” (Casa do Psicólogo, 123 páginas, R$ 19), muitos temores relacionados ao ato de guiar o carro não são desencadeados por traumas. “Eles têm a ver com a personalidade da pessoa, ou com algumas situações cotidianas (leia mais abaixo).

É o caso da turismóloga Julia Campos, que não dirige por medo de enfrentar subidas. Ela não sabe como o medo surgiu, mas desde que tirou a CNH, há seis anos, não teve coragem de guiar por medo de passar por ladeiras. “Não consigo acreditar que o carro terá a potência necessária para desafiar as leis da física.”

Desde que se mudou de Buenos Aires para Porto Alegre, no início do ano, Julia se sente prejudicada pela falta de coragem de guiar. “A cidade tem transporte coletivo ruim e muitas subidas, o que dificulta a missão de andar a pé”, afirma ela. “Tenho de usar demais o Uber, para levar meu filho (de seis anos) a diversos compromissos, e estou gastando demais.”

Julia acredita que conseguirá vencer esse medo quando for tirar a CNH brasileira. “Em Santiago (onde ela se habilitou), é muito fácil conseguir a licença”, diz. “Aqui, acredito que terei aulas práticas em que vou aprender a lidar com subidas, então talvez dê certo.”

A publicitária Fernanda de Paula também não sabe identificar a origem do medo que tem de guiar na chuva. “Eu entro em pânico se não tiver boa visibilidade. Na estrada, não dirijo à noite também”, conta.

Fernanda diz que sempre tem a sensação de que vai morrer quando está guiando em rodovias e começa a chover. “Já me coloquei em situações de risco. Certa vez, acionei os freios do carro e quase parei em plena estrada. Se minha mãe, que estava ao lado, não tivesse gritado comigo, provavelmente teríamos sofrido um acidente.”

Encarar o problema ajuda a superá-lo

Além do estresse traumático, características da personalidade de cada um também podem levar ao medo de dirigir, de acordo com a psicóloga Cecilia Bellina. “É uma fobia que costuma acometer as pessoas ansiosas, pois elas pensam muito nas consequências antes de fazer a ação, e carro pode ser realmente perigoso”, diz.

“Pessoas autocríticas e cuidadosas também estão nesse grupo, pois elas não aceitam errar, e dirigir é algo que as deixa muito expostas”, afirma. “Não dá para esconder o erro.”
Outro fato que leva ao medo é a negligência da autoescola, na opinião de Cecilia. “Elas não ensinam ninguém a dirigir, apenas a passar no exame.”

O instrutor de pilotagem Roberto Manzini concorda. “Antes do teste, aprende-se a fazer baliza, subir rampas e pronto. Isso não é saber dirigir. É preciso aprender a dominar o carro, e entender que o equipamento não é ‘vivo’. Ele vai atender aos comandos do condutor.”

O centro de pilotagem de Manzini oferece aulas específicas para pessoas com medo de guiar. “Na maioria das vezes, saber dominar o carro ajuda. Quando isso não ocorre, encaminhamos o aluno para um psicólogo”, conta.

A escola de Cecilia Bellina é especializada em ajuda psicológica por meio do enfrentamento. “É preciso identificar a origem do trauma e depois confrontá-lo”, diz Cecilia. “Se uma pessoa tem medo de subidas, vamos levá-la para guiar em rampas até que ela vença isso.” A psicóloga também aponta a falta de educação dos motoristas com um fator que intimida quem tem medo de guiar.

Homens e mulheres sofrem com isso

Na clínica de Cecilia Bellina, 85% do público é feminino. “É cultural”, afirma ela. “O homem, desde criança, se identifica com carros. Eles têm vergonha de assumir o medo de guiar e de procurar tratamento.” De acordo com ela, a maioria das mulheres considera o carro apenas como um instrumento para facilitar a vida. “Homem gosta de encarar o desconhecido. Já a mulher quer aprender a dominar o carro”, afirma o instrutor de pilotagem Roberto Manzini.

Eletrônica é uma aliada

Vários veículos têm recursos que ajudam o motorista a transpor obstáculos que podem gerar medo de guiar.

CHUVA
O controle eletrônico de estabilidade (ESP), que está em compactos como Ka e Etios, ajuda a manter a aderência das rodas. A tração 4×4 por demanda garante segurança sob chuva.

SUBIDAS
O câmbio automático facilita a vida de quem teme “rampas”. Não há embreagem e não requer usar o “freio de mão” para sair. Basta escolher a posição “Drive” e soltar o freio para o veículo começar a se andar. O assistente de saída em rampas, disponível até em carros manuais, como o Fiesta, controla a partida sozinho e evita que o veículo volte de ré.

MANOBRAS
Sensores de obstáculos, que equipam desde os modelos mais simples, emitem sinais quando o carro se aproxima muito de outro ou de uma barreira, como uma parede ou pilar. Assim como as câmeras, ajudam muito na hora da baliza. Há ainda sistemas que estacionam o carro com mínima intervenção do motorista ou mesmo sozinhos.

 

Fonte: Jornal do Carro